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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Julgamento Técnico dos Cavaleiros de Salto

Texto: Monique Silva – Luiz Ribeiro | Foto: Arquivo

A avaliação subjetiva espera conscientizar a comunidade hípica sobre a importância da equitação de base.


Realidade em países mais tradicionais no Hipismo, o Julgamento Técnico chegou ao Brasil no segundo semestre do ano passado, nas competições da Equitação Fundamental. Neste ano, o novo modo de avaliação foi implantado oficialmente pela Federação Paulista de Hipismo (FPH) e visa incentivar e valorizar o ensino de base do esporte.

Segundo o assistente técnico da FPH e responsável por colocar em prática o Julgamento Técnico na Equitação Fundamental, Luiz Ribeiro, a formação dos cavaleiros e amazonas brasileiros é muito rápida. “Existe pressa por parte dos pais, que querem ver seus filhos saltando muito rapidamente, e existe pressa por parte dos professores, que querem que seus alunos demonstrem uma boa performance e encurtam o processo para que seus alunos iniciem logo nas provas”, relata Ribeiro.

O segredo do sucesso em muitas coisas consiste em construir uma base sólida de aprendizado. No Brasil, diferentemente da Europa ou dos Estados Unidos, o foco do ensino hípico está muito no salto e no resultado final. Querendo ou não, professores, pais e alunos esquecem de todo o trabalho de base, de adestramento, que deve ser feito para atingir objetivos. A vitória deve ser encarada como consequência de um bom trabalho e não como meta primordial da equitação, especialmente na Equitação Fundamental. “O julgamento subjetivo ou técnico vai realmente expor os erros, vai mostrar aos pais, atletas e professores, que querem pular etapas do ensino, que o que se espera não é apenas um bom resultado e sim uma equitação melhor das crianças”, explica Ribeiro.

Há muitos anos, as provas da Equitação Fundamental são feitas pelo critério do Tempo Ideal, que é um tempo determinado levando em consideração a metragem do percurso e o ritmo necessário. Teoricamente, no Tempo Ideal, uma criança que fazia um bom traçado em um ritmo adequado conseguia uma melhor aproximação com o tempo estabelecido. Contudo, o que se vê são muitas crianças não preparadas para saltar, fazendo um traçado todo errado e, mesmo assim, cravando o melhor tempo e vencendo provas.

Concluiu-se que, na prática, o fator sorte é muito grande no Tempo Ideal e foi necessário avaliar quais eram as prioridades no ensino do Hipismo.

Para um cavaleiro ou amazona que monta bem e faz uma bela apresentação nas provas, é muito mais justo o julgamento subjetivo, já que a vitória será por puro mérito e não apenas sorte. A criança, nesta nova avaliação, pode ter muito mais certeza de estar trilhando o caminho certo. Além de ajudar os próprios atletas, um parecer técnico de um profissional capacitado também ajuda professores e pais a entenderem em quais pontos o cavaleiro precisa melhorar, assim, podem desenvolver um plano de ensino rumo a uma melhor equitação.

Já parte da programação das provas de Equitação Fundamental em todo o estado de São Paulo, o Julgamento Técnico é realizado por cavaleiros e profissionais renomados do esporte. Já foram juízes a treinadora Dorothy Carlson, os cavaleiros Marcelo Blessmann, Marcos Ribeiro dos Santos, Marcos Ribeiro Junior, Sérgio Stock, Ivo Rosa Filho e a amazona Lucia Santa Cruz. Ao final das provas, Luiz Ribeiro fica à disposição dos competidores para esclarecer dúvidas a respeito das notas e observações feitas pelos juízes.

Aliás, o feedback, ou seja, o retorno para o atleta sobre sua performance em pista, é uma das melhores partes do Julgamento Técnico. Nos Estados Unidos, onde a avaliação subjetiva já é realizada há muito tempo e de modo bem mais complexo, com inúmeros quesitos de avaliação, o feedback não é muito explorado. Já no Brasil, espera-se que o retorno ao aluno das posições dos juízes ajude a mudar a mentalidade da comunidade hípica, que deve direcionar sua atenção para uma melhor evolução da técnica esportiva.


Conheça os cinco quesitos avaliados no Julgamento Técnico:

1) Ritmo: será analisado se a cadência escolhida pelo ginete é adequada ao lance do cavalo e às exigências do percurso, bem como, se o cavaleiro consegue manter o mesmo ritmo ao longo da prova.

2) Traçado : é o desenho que o cavaleiro faz durante o percurso. É avaliado como são feitas as curvas, a abordagem do obstáculo, se a criança entrou em linha reta, na perpendicular e no centro do obstáculo.

3) Posição : como o cavaleiro está posicionado na sela durante todo o percurso. É analisado a posição do pé no estribo, das mãos e o olhar. Duas linhas básicas são observadas: linha do ombro- quadril – calcanhar e linha do cotovelo– mão – boca do cavalo.

4) Atitude : as crianças não serão avaliadas se abordarem o obstáculo na distância incorreta, mas serão observadas as ajudas do atleta em cada situação.

5) Linhas : é analisado a estratégia escolhida pela criança nas linhas de obstáculos. Por exemplo, uma linha de 21m, teoricamente, o cavalo dará 5 lances (galopes), mas o cavaleiro pode optar por dar 6 ou 7 lances. É avaliado o planejamento, a decisão da criança e seu resultado, se os lances ficaram homogêneos, a abordagem do primeiro e a aproximação do segundo elemento.

Fonte: mundoequestre.com.br

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terça-feira, 5 de julho de 2011

Coletes air-bag para hipismo


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Decoração: Quarto de casal com tema Hipismo

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Cavalo com Secreção nas Narinas e Tosse?

Pergunta Veterinária
Pergunta feita por: Lucas dos passos


Meu cavalo está apresentando secreção nas narinas e tosse durante o trabalho, o que pode ser?

A secreção nas narinas é um sinal de que algo está irritando a traqueia e os brônquios do cavalo. Ou seja, está ocorrendo uma inflamação nesta região. A tosse, por sua vez, nada mais é do que um mecanismo de defesa, uma expulsão de ar pela glote para a eliminação de muco ou corpo estranho, que esteja irritando o local. O fato de ele tossir durante o trabalho pode ser apenas para eliminar partículas de poeira inaladas durante o exercício, mas como há também a presença de secreção nasal, isto pode significar uma inflamação nas vias aéreas. Esse tipo de inflamação é muito comum em cavalos estabulados, os quais estão frequentemente aspirando partículas irritantes, como feno, serragem, etc. Os sinais clínicos que demonstram esta inflamação podem, muitas vezes, passar despercebidos, dependendo da gravidade da doença.
Com isso, é muito importante que um médico veterinário faça um exame bem detalhado, com auscultação pulmonar, endoscopia e tudo o que for possível para detectar exatamente o problema e, assim, tratá-lo. Se a doença for diagnosticada precocemente, as chances de cura ficam muito mais prováveis.
Sobre a Veterinária
A Dra. Bruna Dzyekanski é graduada pela PUCPR e cursa mestrado em Ciência Animal.

Fonte: mundoequestre.com.br

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Cuidados no Inverno

Texto: MV, Msc. José Ronaldo Garotti – Membro do Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária CARE – Centro Avançado de Reabilitação Equina – Curitiba – PR.
Bibliografia – The North America Veterinary Clinics – Equine Praticioners – Purchase Examen

No inverno, as temperaturas caem e não somos apenas nós, humanos, que sofremos com a estação. Os cavalos de esporte, sempre sensíveis, acostumados a ter quatro paredes que o protegem do sol, do frio, do vento e da chuva, também sentem o frio e precisam de alguns cuidados extras.


Alimentação e principais doenças

No inverno, as pastagens sofrem com as baixas temperaturas e a produção de feno é afetada. É nesta época que o preço dos volumosos (feno/alfafa/capim) sobe, porém, a atenção do proprietário deve estar focada na qualidade da alimentação de seu animal. O veterinário das Fazendas Interagro, Alexander Bloem, ressalta que a administração de volumosos de baixa qualidade pode gerar cólicas por compactação.
Além da cólica, outras doenças costumam acometer os equinos nesta época mais fria, entre elas, a Gripe Equina, causada pelo Influenza Vírus, a Adenite Equina (o popular garrotilho) e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) – que consiste em um estado alérgico crônico com crises respiratórias.
No caso da Gripe e da Adenite, os animais suspeitos devem ser mantidos isolados dos demais. O ideal é que animais recém adquiridos sejam mantidos em quarentena antes de juntar-se ao grupo. “Como ambas as doenças são comuns onde há grande aglomeração de cavalos, é recomendado a vacinação dos animais que vivem em hípicas, grandes haras, ou ainda, os que participam de competições ou feiras agropecuárias”, recomenda Bloem.
Quanto à DPOC, a prevenção é feita com mudanças no manejo do animal, isto é, evitar friagens e choque térmico, manter a cama limpa e evitar o contato do animal com alergenos (ex: poeira, pólem). Fornecer feno úmido ou capim verde também é de vital importância.


Cuidados com a pelagem

É o inverno chegar para a pelagem dos equinos ficar mais espessa e comprida. Para um cavalo solto no pasto, a pelagem é um mecanismo de defesa que o ajuda a se proteger das baixas temperaturas e do vento gelado. Contudo, para um animal em treinamento esportivo, a pelagem muito grossa torna-se um problema já que dificulta a secagem do animal após os exercícios. Um cavalo com a pelagem longa que sua constantemente e toma banhos está mais suscetível a problemas de pele, pois ele demora muito tempo para secar e está sujeito à ação de bactérias e fungos. O veterinário Alexander Bloem ressalta que o pelo longo e molhado, no inverno, pode acarretar também problemas respiratórios. Vale ressaltar que a pelagem só protege o animal das variações térmicas se estiver seca. Molhada, ela só irá fazer que o animal se resfrie mais rapidamente.
Sobretudo se falarmos de cavalos de esporte, não se pode generalizar. Muitos animais, no inverno, não engrossam o pelo a ponto de causar-lhes um transtorno no manejo. Outros, ficam parecendo ursos. Alguns são mais sensíveis ao frio, outros nem tanto. Levar em conta as características de cada animal é fundamental para uma análise do que deve ser feito.
Se o seu cavalo atleta sofre para secar no inverno, ele deve ser tosquiado. Lembre-se que o cavalo tosquiado deve usar capas e mantas. As capas de inverno, feitas de nylon, lã, soft, fleece, entre outros materiais, além de aquecerem e protegerem o animal, também evitam ou atenuam o espessamento dos pelos. Fique atento na hora de retirar a capa para que não ocorra um choque térmico.


No trabalho

Em um inverno rigoroso, o melhor seria trabalhar sob o sol nos horários mais quentes do dia, fugindo do início da manhã e do fim de tarde, quando a temperatura cai. Mas, com os compromissos diários ou devido ao número de cavalos a serem trabalhados, nem sempre isto é possível. Deste modo, algumas medidas devem ser observadas pelo cavaleiro quando retirar o seu cavalo da cocheira, onde ele está quente e protegido, para trabalhar.
É recomendável, em temperaturas baixas, colocar uma capa que transpire sobre as costas do animal e, assim, caminhá-lo por um tempo. Quando estiver aquecido, a capa deve ser retirada e você poderá seguir com o trabalho. O mesmo deve ser observado no término do treino. Caminhe o seu cavalo para ele esfriar, a capa que usou no aquecimento pode ser colocada novamente sobre as costas, região sensível do cavalo.
O aquecimento no inverno aspira mais cuidados. Caminhar o cavalo por no mínimo 10 minutos faz com que as articulações se lubrifiquem, os músculos se aqueçam e se soltem. Exercícios de alongamento muscular e flexionamento também auxiliam na preparação para movimentos mais exigentes.
A amazona sueca, radicada no Brasil, Pia Aragão, alerta para alguns pontos relacionados ao trabalho: “Você precisa de mais tempo para aquecer os grandes grupos musculares e conseguir que o sangue circule antes que possa pedir um esforço mais intenso”.
Após o treino, deve se impedir que os músculos esfriem rapidamente. A utilização de capas transpirantes e longo período de passo são recomendados.


O banho

O ideal é não molhar o cavalo quando está muito frio. Evitar que ele transpire demais durante o trabalho é uma alternativa, mas nem sempre possível. Escolher a hora mais quente do dia para o banho é o mais recomendável. Alguns lugares possuem água quente e um sistema de aquecimento que acelera a secagem do animal. Se não houver, deve-se colocar uma capa telada embaixo da capa de fleeze para que o cavalo seque mais rapidamente.
Segundo o veterinário, “aquecer o corpo do cavalo durante o trabalho, seja ele intenso ou não, e submetê-lo a um banho frio imediatamente após o exercício, sempre poderá pré dispor o animal ao choque térmico”.

Fonte: mundoequestre.com.br

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