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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Cenário de cavalgada, Patagônia encanta pelas belas paisagens

Aventura chega ao fim e mostra região onde a natureza se impõe

por Globo Rural On-line I Fotos Ernesto de Souza
Ernesto de Souza
Grupos dos 11 cavalga pela Patagônia chilena (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)
Ainda cansados da viagem, mas com a memória cheia de histórias, os participantes da Cavalgada 2012 – Torres del Paine não param de dizer o quanto esta foi a melhor aventura que tiveram em oito edições já realizadas. O entusiasmo é justificado ao olhar para as imagens registradas pelo editor de fotografia de Globo Rural, Ernesto de Souza, que acompanhou o grupo de 11 amigos, e ao ler os relatos de viagem do publicitário Demetrio Amono.

Foram nove dias de viagem, quatro dias de cavalgada, 100 quilômetros a cavalo, acampamentos e muito frio no caminho. Mas Demetrio diz que todas as adversidades valeram a pena. “Não tínhamos acesso às mordomias do dia a dia da cidade. Seguimos sem internet, nem telefone, muitas vezes sem cama e banho, mas tudo isso não importa quando você vê cenas emocionantes de cavalos correndo naquela paisagem”, conta. O grupo saiu no dia 12 de outubro em direção a Buenos Aires e de lá seguiu para Calafate, onde viram uma das geleiras mais importantes do mundo, a Perito Moreno.

A cavalgada ainda passou por trechos de mais infraestrutura, como a Fazenda Tercera Barranca. Por lá, foram bem recebidos com um cordeiro assado. Alimentados e depois de um descanso merecido, começaram a cavalgada, montados em cavalos crioulos da Patagônia. “Eles eram muito robustos, bem adaptados ao clima e as dificuldades de terreno locais. Algumas vezes ficávamos muito cansados, pois alguns tinham um trote muito duro, mas isso não tirou nosso ânimo”, diz Demetrio.

O Grupo dos 11 gostou tanto da experiência em terras estrangeiras que já planeja uma nova viagem para o próximo ano. “Estamos entre o Uruguai ou praia e praia é Brasil, não é mesmo?!”, brinca o publicitário.

Leia relatos da viagem escritos por Demetrio Amono (em uma embalagem descartada de um whisky que acompanhou os viajantes) e veja imagens desta aventura registradas por Ernesto.
Ernesto de Souza
O trajeto foi escolhido pelo grupo também por possuir diferentes ambientes como florestas fechadas, rios, vegetação rasteira, etc
"Saímos da Fazenda Tercera Barranca e seguimos para pegar os cavalos. A tralha seguiu de barco, enquanto o grupo ansioso tinha o primeiro contato com os animais, que foram distribuídos aleatoriamente. Eles foram a primeira boa surpresa. Bons de montar, fortes e acostumados com as dificuldades da trilha"
Ernesto de Souza
Sem mordomia: os viajantes descansavam em acampamentos armados no caminho
Ernesto de Souza
A fogueira ajudava a espantar o frio
Ernesto de Souza
O grupo diante das montanhas de gelo da Patagônia
"Fizemos quase 10 km a galope. Chegamos ao destino final às 19h30. A cabana tinha uma vista fantástica para o Rio Serrano e as montanhas nevadas. O grupo chegou bem no final do 2º dia."
Ernesto de Souza
Em determinado trecho os cavalos tiveram que atravessar o rio quase submersos. O grupo seguiu de bote.
Ernesto de Souza
Paisagem durante a cavalgada
Ernesto de Souza
Impossível não se admirar durante o caminho
"Seguimos pela margem do rio e cruzamos uma floresta fechada, com árvores retorcidas que lembram filmes de terror. Passamos em áreas alagadas onde os cavalos afundavam acima do joelho"
Ernesto de Souza
Era assim que os aventureiros se alimentavam durante a viagem
Ernesto de Souza
O caminho possuia diversos obstáculos
Ernesto de Souza
Nada melhor que um assado para matar a fome e esquentar o dia
"Acordamos na Estância Anita, depois de mais uma noite dormindo em barracas. Tomamos café com o senhor Pekim e a senhora Anita que vivem no lugar há 40 anos. Seguimos para onde seria uma dos cenários mais bonitos de nossas vidas. Cavalgamos por uma trilha muito difícil, em alguns trechos tivemos que descansar. Passadas as dificuldades, veio a recompensa. Nos deparamos com uma cenário cinematográfico. Uma geleira gigante e um lago repleto de icebergers. Juan Pablo no puro estilo cowboy, laçou um pedaço de gelo e tomamos um whisky com gelo cristalino. Na volta, tinham abatido uma novilha e comemos um belo churrasco de fogo de chão"
Ernesto de Souza
Diante de tanto gelo, o grupo não resistiu e até gelou o whisky, companheiro de viagem, com uma pedrinha da Patagônia

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