Pêlos compridos em animais de trabalho demoram mais a secar e podem resultar em doenças de pele.
Com a chegada do inverno, aumentam os casos de problemas de pele em cavalos, principalmente em animais de esportes. A mais comum das patologias é a chamada frieira dos boletos, uma pequena inflamação na área imediatamente superior ao casco, que normalmente acomete animais que vão ainda úmidos para as cocheiras ou são banhados freqüentemente no fim da tarde.
Na parte do boleto, a pelagem é um pouco mais espessa e, se molhada em dias muito frios ou em horários próximos do anoitecer, não seca direito.
Quando colocado na cocheira, o pó da serragem gruda no pelo e pequenas assaduras vão se formando. Em pouco tempo, o ferimento pode evoluir para uma frieira e, dependendo do caso, até para inflamações mais graves. Quando isso ocorre há necessidade de medicação e de uso de pomadas especiais. O cavalo tem de ficar parado até melhorar, o que pode demorar até 15 dias, dependendo do caso.
Para cavalos soltos a pasto, embora não haja o pó da serragem para grudar no pelo, o problema também pode correr. Áreas encharcadas, em que o animal tenha de pisar na lama com freqüência, também são propícias para o aparecimento do problema e não são raros os casos. A solução é tomar alguns cuidados simples: O primeiro é tentar não expor o animal a esse tipo de situação ou seja: caso seja possível, evitar molhá-lo após as 17 horas, no inverno. Se isso não for possível, tosa bem feita nos boletos pode dar muitos resultados. É recomendável aparar com uma máquina de tosar pela facilidade da operação ou com uma boa tesoura mesmo. Com o pelo mais baixo, a secagem ocorre mais rapidamente e a formação das feridas nos animais se torna mais difícil.
PARA EVITAR ASSADURAS É IMPORTANTE RETIRAR O SUOR
Agricultor por profissão e cavaleiro amador por paixão, Carlos Blanc, de Itapecirica da Serra (SP), mora em uma região arborizada e todos os dias sai para cavalgar durante uma hora, com o seu cavalo Cezane, um campolina de 10 anos. Cuidadoso com o animal, que recebe ração balanceada e complemento com feno de alfafa, ele passou por maus bocados por causa de um pequeno descuido pós-treinamento. Tomava cuidado para não guardar o cavalo molhado na cocheira, conforme recomendação.
Nos dias quentes, ele conta que tinha o costume de dar uma ducha no cavalo, para retirar o excesso de suor, prática recomendada. Por causa dos dias frios, ele deixou a ducha de lado, fazendo com que o suor secasse no corpo e, depois, com uma escova, tirava parte do suor seco. O problema é que a salinidade provocou assaduras entre as pernas traseiras, chegando quase a ficar em carne viva, diz.
Durante 20 dias as cavalgadas matutinas tiveram de ser suspensas e Cezane teve de receber cuidados especiais. De acordo com a veterinária Cláudia Leschonski, esse é um problema comum no inverno. Caso esteja frio e o cavaleiro não deseje molhar todo o cavalo, pode jogar um pouco de água entre os membros porteriores (traseiros) do animal. Tomando esses cuidados, dificilmente haverá problemas.
fonte: shvoong.com
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